quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Contos

Peter Pan
Todas as crianças crescem, Peter Pan não! Ele mora na Terra do Nunca.
Um dia junto com a Fada Sininho, foi visitar seus amigos Wendy, João e Miguel.
Peter levou-os para conhecer a Terra do Nunca. Com a mágica de Sininho eles saíram voando. Avistaram o barco pirata, a aldeia dos índios e a morada dos meninos perdidos.
O Capitão Gancho viu Peter Pan e seus amigos voando e resolveu atacá-los; Peter Pan salvou Wendy antes que ela caísse no chão.
Os meninos perdidos moravam dentro de uma árvore oca. Wendy contou lindas estórias para eles. Ela gostou dos meninos.
Um dia o Capitão Gancho raptou a princesa dos índios, mas Peter Pan apareceu para libertá-la. O Capitão Gancho fugiu e o Crocodilo Tic Tac quase o engoliu, mas ele escapou.
Mas o Capitão Gancho não desistiu. Desta vez capturou os meninos perdidos, levou-os para o barco pirata, de lá eles seriam jogados no mar.
Mas Peter Pan veio salvar os seus amigos. Lutou com Gancho e o derrubou.
De volta ao lar, Wendy pediu que Peter Pan ficasse com eles, mas ele disse que não e preferiu a Terra do Nunca, assim ele nunca cresceria e poderia brincar com todas as crianças sempre.
***********************************************************************
Pocahontas
Há muitos anos, nas terras da Virgínia, vivia uma jovem índia chamada Pocahontas. Um dia seu pai, o grande chefe Ponhatan, comunicou-lhe que Kocoum, o guerreiro mais valente da tribo, havia pedido em casamento.
Pocahontas, confusa, foi pedir conselho à Avó Willow, um velho espírito que habitava uma árvore na Floresta Encantada.
- Vovó - perguntou Pocahontas - o que devo fazer?
- Minha jovem, tudo à sua volta são espíritos. Ouça-os com o coração e eles lhe mostrarão o caminho.
O navio "Suzan Constant" acabava da aportar na Virgínia. Neles viajavam colonos ingleses comandados pelo governador Radcliffe e pelo capitão John Smith.
Vinham em busca de terras e ouro. Tão logo desembarcaram, o governador ordenou ao capitão que fosse inspecionar o lugar.
Ao entardecer, enquanto John Smith explorava a floresta, ouviu um ruído. Não lhe deu importância e se aproximou do rio para beber água.
Nesse momento, notou que alguém o seguia. Escondido, preparou sua arma e, quando ia atirar, descobriu a moça mais linda que já tinha visto: Pocahontas.
Embora a princípio a jovem parecesse assustada, logo confiou em John. Juntos compartilharam momentos muito felizes, descobrindo os segredos da natureza.
Mas a felicidade de Pocahontas e John Smith durou pouco ...
A ganância de Ratcliffe havia colocado os colonos contra os índios.
Pocahontas tentou evitar a guerra, mas um dos colonos disparou contra Kocoum e o matou.
O índios condenaram o capitão Smith à morte.
No momento em que iam executá-lo, Pocahontas se pôs à frente de John, para protegê-lo.
- Se o matarem, terão de me matar primeiro - disse a seu pai.
Os colonos, surpresos com a coragem de Pocahontas, baixaram as armas.
Radcliffe, furioso disparou contra Ponhatan. O valente Smith se colocou à frente do chefe índio e o tiro o atingiu.
Diante da gravidade dos ferimentos, John teve de voltar à Inglaterra.
Pocahontas se despediu dele sabendo que um levaria o outro para sempre no coração.
**********************************************************************
Os três porquinhos
Eram uma vez três porquinhos, que saíram da casa da sua mãe. Cada um construiria a sua própria casa. Seguiram caminhos diferentes.
O primeiro porquinho construiu a sua casa com palha, logo ficou pronta e ele foi dormir.
Chegou um lobo, que queria comer o porquinho e disse:
- Abra a porta ou derrubarei essa casa com um sopro só.
O porquinho não abriu e o lobo soprou e derrubou a casa. O porquinho fugiu.
O segundo porquinho fez a sua casa com galhos de árvore, logo ficou pronta e ele foi dormir. Outra vez veio o lobo:
- Porquinho abra a porta ou vou assoprar e derrubar tudo.
O porquinho não abriu, o lobo assoprou e derrubou a casa, mas o porquinho fugiu e se escondeu. E o lobo queria saber:
- Onde se meteu este porquinho.
O terceiro porquinho construiu a sua casa de tijolos para lá foram seus irmãos e o lobo também.
Mas desta vez o lobo soprou até cansar e não derrubou a casa, resolveu descer pela chaminé, mas a lareira estava acesa e ele saiu pegando fogo.
O lobo foi embora e os porquinhos ficaram muito felizes morando na casinha de tijolos.
***********************************************************************
O Gato de Botas
Um velho moleiro, sentindo a morte chegar, dividiu seus bens entre seus três filhos.
O mais velho herdou o moinho, o segundo um jumento capenga e o caçula um gato.
O gato, vendo o seu novo dono muito desiludido com a sua parte na herança, disse-lhe:
- Não te entristeças, meu amo, tenhas confiança em mim. Eu te farei um homem rico.
Preciso somente que tu me dês algumas roupas.
Assim, o rapaz deu ao gato um velho chapéu e um par de botas que ele havia recuperado no celeiro.
Também lhe fez uma capa e deu-lhe um grande saco.
- Eu te prometo voltar com boas novas - disse o gato a seu amo quando partiu.
No caminho encontrou uma bela ovelha e colocou imediatamente seus projetos em execução. Pulou sobre ela e enfiou-a no saco.
- Majestade, é uma felicidade para mim, oferecer-lhe este humilde presente. Quem o envia é marquês de Carabás, meu amo - disse ao rei, fazendo uma profunda reverência.
Nos dias seguintes o monarca continuou recebendo presentes da parte do famoso marquês que ninguém conhecia...
Alguns dias depois , o gato disse a seu amo:
- Não me faças perguntas, mas faz o que eu digo. Amanhã de manhã, vai tomar banho no rio e espera que a carruagem do rei passe por ali.
Na manhã seguinte enquanto o seu amo banhava-se no rio, o rei passou por ali com a sua filha.
- Socorro, socorro! Meu amo, o marquês de Carabás, está se afogando! - gritou o gato.
O rei parou a carruagem e deu ordem a seus lacaios para socorrer o marquês e procurar-lhe roupas adequadas. O monarca não tinha esquecido os numerosos presentes recebidos...
Depois o convidou para subir na carruagem. A princesa logo ficou encantada com o charme do jovem marquês.
Os campos estendiam-se a perder de vista ao longo do caminho que a carruagem real percorreria.
- O rei logo vai passar por aqui - disse o gato aos lavradores. Se ele perguntar a quem pertencem estas terras, respondam-lhe que pertencem ao marquês de Carabás, caso contrário farei picadinho de vocês!
Os camponeses ficaram amedrontados e obedeceram ao gato de botas. O rei ficou impressionado com os muitos bens que o amável marquês possuía.
O soberano pensou que jamais encontraria melhor partido para sua filha. E vendo os olhares que ela dedicava ao jovem marquês, compreendeu que ela já o amava.
Alguns dias mais tarde a princesa e o filho do moleiro se casaram e foram muito felizes.
***********************************************************************
João e Maria
Era uma vez... duas crianças, João e Maria. Eles eram filhos de um lenhador.
- O que vamos fazer com essas duas crianças se não temos o que comer? - disse a madrasta. Vamos deixá-las na floresta, que talvez por lá elas consigam descobrir um jeito de sobreviver.
- Não, não, não quero nem pensar nisso, disse o lenhador.
João, sem querer, ouviu a conversa. Foi para o quintal e encheu os bolsos de pedrinhas.
No dia seguinte, as crianças foram com o pai e a madrasta pra cortar lenha na floresta e lá foram abandonadas. Mas João marcou o caminho com as pedrinhas e, ao anoitecer, conseguiu voltar pra casa, com Maria, sua irmã.
O pai ficou contente, mas a madrasta, não. Mandou-os dormir e trancou a porta do quarto.
Como era malvada, ela planejou levá-los ainda mais longe no dia seguinte.
Entretanto João não conseguiu sair do quarto pra apanhar as pedrinhas, pois sua madrasta tinha trancado a porta. Antes de saírem pro passeio, receberam pra comer um pedaço de pão velho. João, em vez de comer o pão, guardou-o. Depois, ao longo do caminho, jogava os pedacinhos no chão, pra marcar o caminho da volta.
Chegando a uma clareira, a madrasta ordenou que esperassem até que ela colhesse algumas frutas, por ali. Mas eles esperaram em vão. Ela os tinha abandonado mesmo!
- Não chore Maria, disse João. Agora, só temos é que seguir a trilha que eu fiz até aqui, e ela está toda marcada com as migalhas do pão.
Só que os passarinhos tinham comido todas as migalhas de pão deixadas no caminho. As crianças andaram, andaram, andaram muito até que chegaram a uma casinha toda feita com chocolate, biscoitos e doces. Famintos, correram e começaram a comer. De repente, apareceu uma velhinha, dizendo:
- Entrem, entrem, entrem, que lá dentro tem muito mais pra vocês.
Mas a velhinha era uma bruxa e aprisionou João numa jaula pra que ele engordasse. Ela queria devorá-lo bem gordo. E fez da pobre e indefesa Maria, sua escrava.
Todos os dias João tinha que mostrar o dedo pra ela sentir se ele estava engordando. O menino, muito esperto, percebendo que a bruxa enxergava pouco, mostrava um ossinho de galinha. E ela ficava furiosa e reclamava com Maria:
- Esse menino, não há meio de engordar.
- Dê mais comida pra ele!
Um dia, assim que a malvada acordou, cansada de tanto esperar, foi logo gritando:
- Hoje eu vou fazer uma festança.
- Maria, ponha um caldeirão bem grande, com água até a boca pra ferver.
- Dê bastante comida pro seu irmão, pois é hoje que eu vou comê-lo ensopado.
Assustada, Maria começou a chorar. Em seguida, ela teve uma idéia para os dois se livrarem da bruxa.
- Ih! Como vou acender o fogo do forno?
- Menina imbecil, não sabe acender um fogo?
- Pois eu vou comê-la também. E pegando uma tocha acesa, foi ensinar Maria a acender o fogo. Abriu a porta do forno e acendeu.
Então, a menina empurrou a bruxa lá pra dentro do forno e fechou a porta.
Libertou o irmão que ainda levou guloseimas e um tesouro que a bruxa guardava. Mas, lá fora na floresta, os dois estavam novamente perdidos. E aí avistaram um passarinho que lhes ensinou o caminho de casa. Quando os viu, o pai ficou muito contente e a madrasta que nessa época já estava arrependida, prometeu cuidar deles.
***********************************************************************
O Casamento da Dona Baratinha
Dona Baratinha foi varrer a casa e achou um tostão. Na mesma hora, desatou o avental, lavou o rosto, passou pó-de-arroz nas faces, e foi fazer compras. Com o tostão achado comprou móveis, para mobiliar a casa inteira, uma geladeira, um aparelho de televisão, tapetes e cortinas, vestidos e mais vestidos, sapatos caros e enfeites. Comprou joias e espelhos de cristal. Comprou petiscos muito gostosos e fez um sortimento de doces que é coisa de que barata gosta muito. O troco pôs numa caixinha forrada de cetim vermelho, chaveou-a, amarrou um laço de fita nos cabelos e foi muito lampeira para a janela apreciar o movimento e arranjar um casório, uma vez que tinha dote.
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
perguntou ela com a voz mais docinha do mundo.
Passou o boi.
- Eu quero – mugiu.
E ela:
- E como é que você muge de noite?
E o boi:
- Assim: béééééééé! – abriu o focinho num berro de doer os ouvidos.
Dona Baratinha correu assustada para dentro. Lá cheirou o frasquinho de sais, e depois bem calma, voltou para a janela. O boi estava esperando a resposta.
- Ah! – Dona Baratinha se abanava toda afobadinha. – Não quero me casar com você, não.
Você me assusta.
O boi foi embora, e ela fincou os cotovelos na janela outra vez, esperando que passasse outro moço bonito.
Passou o burro.
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
Ciciou a mocinha casadoira, esfregando de leve uma asa na outra.
O burro deu um zurro de abalar a casa:
- Eu quero.
- Mas é assim que você zurra de noite? – perguntou a dona Baratinha, ainda toda trêmula do susto.
- Ah! – o burro deu um risadão. – De noite eu canto com voz muito mais forte. – E deu outro zurro, de arrebentar os tímpanos.
- Deus me livre de casar com você, burro. Você não me deixaria dormir.
O burro foi embora e a dona Baratinha se encostou outra vez romanticamente no peitoril da janela. Ora ajeitava a fita no cabelo, ora suspirava.
Passou o cavalo.
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
- Eu quero – relinchou o cavalo, mostrando todos os dentes, de satisfação.
- Como é que você faz, de noite?
- Eu, minha flor, cantarei de amor tão fortemente...
- Mas como?
- Assim: inoch! inoch! inoch! inoch! inoch!
- Ai! Chega! – gritou dona Baratinha tampando as mimosas orelhinhas. – Chega! Eu não me caso com cavalo de jeito nenhum. Você não me deixaria dormir direito.
O cavalo foi embora, dona Baratinha ajeitou os cotovelos em cima de uma almofada, prevendo que a espera seria longa.
Passou o cachorro.
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
Falou a moça, muito assanhadinha, vendo-o bonitão, de pêlo lustroso, orelhas em pé, passo ligeiro.
- Eu quero. – O cachorro latiu um consentimento rápido.
- Como é que você faz de noite, cachorrinho?
- Depende.
- De quê?
- Se estou alegre é assim: au! au! au!. Se estou triste ou doente, é assim: Uaaaauauuuu! – E o cachorro uivou, de focinho para cima, caprichando nos bemóis.
- Ui! Ai! Aiaiaiai! Não me faça chorar! Você não me serve. Tanto a sua alegria como a sua tristeza me incomodam.
- Ui! Ai! Aiaiaiai! Não me faça chorar! Você não me serve. Tanto a sua alegria como a sua tristeza me incomodam.
Dona Baratinha suspirou um pouco, pois fazia tanto tempo que estava na janela e ainda não tinha encontrado noivo que servisse.
Passou o gato.
Que belo bichano, de pelagem de seda, cinzento, macio, cara redonda, boquinha cor-de-rosa, bigodes eriçados, orelhas recortadas em triângulo isósceles.
O coração de dona Baratinha palpitava mais apressado quando ela cantou em voz emocionada, desta vez:
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
- Eu quero – ronronou o gato, no fundo da garganta, numa doçura de voz.
- Você ronrona assim, de noite, gatinho?
- De noite? – O gato fez um floreio com a cauda. – Não. De noite, subo ao telhado. Sou namorado da lua. E deliro miando assim: miaaau! miau! miiiiaaaau!
Dona Baratinha suspirou.
- Que pena! Você não me serve não. Não me deixaria dormir. Que pena!
Passou o bode.
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
O bode berrou, muito azoretado:
- Eu quero.
- Quer, coisa nenhuma! – respondeu logo dona Baratinha. – Você é muito sem modos, malcheiroso, barulhento. Com esse berro tremido vai me incomodar de noite.
Passou o galo.
De crista e esporão. De barbela vermelha. Asas douradas, rabo empenachado. Bonito de se ver como um mosqueteiro do rei da França.
- Como eu gostaria que esse fosse o meu noivo – pensou dona Baratinha. E com voz muito esperançada:
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
- Eu quero – cocoricou o galo, riscando o chão com a aguda espora.
- Você canta de noite?
- Se canto! – blasonou ele, e a barbela ficou mais vermelha de orgulho. – Se canto!
Começo à meia-noite e vou madrugada afora, cocoricóóóóóóó’!
Dona Baratinha virou a carinha bonita para o outro lado.
- Não serve! Vá andando!
E assim passaram o carneiro, o macaco, a onça, a anta, a capivara, o gambá, muitos e muitos bichos, de casa e do mato, nenhum servia, porque iria incomodar o soninho leve de dona Baratinha.
Já bem tarde, quando as luzes da cidade se acenderam, passou um camundongo, quietinho, sorrateiro, dando corridinhas e paradinhas. Espiando matreiro para todos os lados.
Correndo outra vez, os olhinhos espertos saltando daqui para ali. Dona Baratinha parou a espiar os seus inquietos manejos, divertida com o bichinho, e quase se esquecia de perguntar. Lembrou-se em tempo, quando o camundongo já ia longe:
"Quem quer casar com dona Baratinha,
Tão bonitinha
Que tem dinheiro na caixinha?"
- Eu quero – guinchou o ratinho, tão baixo que quase não se ouvia.
- O que é, ratinho? Você quer?
- Quero.
- Como é que você faz de noite?
O ratinho guinchou:
- Coin, coin, coin.
- Assim baixinho? – perguntou dona Baratinha, encantada. – Então serve. Você não me acorda com esse barulhinho. Como é o seu nome?
O ratinho empolou bem o peito e falou:
- Dom Ratão.
Deu outra corridinha, para longe, para perto.
Ficaram noivos.
No dia do casamento preparava-se uma festa de arromba. O troco do tostão dava para tudo. Mataram frangos, não sei quantos, leitões, bois, e fizeram doces e mais doces.
- Sabe do que eu mais gosto, Baratinha? – perguntou o noivo, no seu guincho macio.
- Do quê?
- De toicinho cozido no feijão.
E então dona Baratinha deu ordem para que se fizesse uma caldeirada de feijão com torresmo, bem temperado. O perfume da panela, logo pela manhã, recendia pela casa toda.
Dom Ratão chegou, eram umas dez horas, muito chibante, de casaca e cartola, luvas brancas, bengala de castão dourado, calças listradas. Parecia o presidente da República em dia de recepção no palácio. Mas qualquer coisa o inquietava. Farejava, erguendo o focinho fino, dava corridinhas mais do que de costume.
- Está nervoso, querido?
- Estou.
Na hora da saída, desceu na frente dona Baratinha, arrastando a cauda do vestido de cetim, e o comprido véu de tule pela escadaria. O noivo veio a passo, atrás. A noiva já tinha entrado no automóvel, quando dom Ratão fez cara de contrariedade:
- Que maçada!
- Que foi?
- Esqueci o relógio lá em cima.
- Vou mandar alguém buscar.
- Não. Só eu sei onde o deixei. Espere um minuto.
Deu uma corridinha até o meio da escada, voltou, avisou:
- Um minutinho. Eu já venho.
Outra corridinha para cima. E a noiva ficou esperando.
Passou meia hora, dom Ratão não voltou. No relógio da sala soaram as onze. Dom Ratão não voltava. Chegou o meio-dia. Não voltara dom Ratão.
- Fugiu – gemia dona Baratinha inconsolável. – Não gosta mais de mim. Fingiu que ia buscar o relógio e fugiu para não casar. – Subiu novamente a escadaria arrastando o vestido de cauda e o véu. Por muito que fosse o desconsolo, não era caso para se fazer jejum por isso.
- Afinal, não se perdeu grande coisa – comentou uma empregada. É melhor pôr o almoço.
E lá se foram todos para a mesa.
Mas então é que foi uma dor. Ao mexerem o caldeirão de feijão encontraram o coitado do noivo, morto, cozido, misturado com os torresmos. Que horror! Dona Baratinha, depois de clamar que "Dom Ratão, coitado, era tão bom, eu sabia que ele gostava de mim, aconteceu, coitado!, de ir provar um torresmo e cair no caldeirão, podia ter pedido, a gente fazia um pratinho para ele, não quis me desgostar, coitado! Tão delicado" – teve um chilique e foi um alvoroço monstro em casa de dona Baratinha, tão bonitinha. Pois dom Ratão tinha morrido no caldeirão de feijão cozido, por causa de um pedaço apetitoso de toicinho. Dona Baratinha pôs o luto, trancou todas as portas, e chorou tanto que lavou a casa com lágrimas. A cozinheira de dona Baratinha pegou o pote e foi buscar água no rio. Encheu a vasilha, mas em vez de ir para casa, começou a se lastimar:
- Como é triste esta vida. Dom Ratão morreu. Dona Baratinha, tão bonitinha, está de luto.
E eu, por isso, quebro o pote.
Pam!
Bateu o pote numa pedra e foi-se embora. O rio ouviu tudo aquilo, encolheu-se e resolveu:
- Eu também seco.
Os bois vieram à tarde, nem sombra viram de água.
- Que é isso, rio? Que aconteceu?
- Dom Ratão morreu, cozido na panela de feijão com toicinho. Dona Baratinha pôs luto, a cozinheira quebrou o pote, e eu também sequei.
- Que horror!
Os dois abanaram a cabeçorra, melancólicos e declararam:
- Então nós derrubamos os chifres.
Foram pastar. O campo, quando viu os bois mochos, muito sem graça, pastando, se espantou:
- Que foi isso? Que fizeram vocês dos chifres?
- Você então não soube da grande desgraça?
- Não.
- Pois dom Ratão morreu cozido, dona Baratinha pôs luto, a cozinheira quebrou o pote, o rio secou e nós derrubamos os chifres.
- Que tristeza! Eu também vou secar.
De verdinho que estava, o campo ficou todo amarelado. Bem no meio dele estava um laranjeira e quando ela viu aquilo perguntou:
- Que é isso, campo? O que lhe deu? Está se sentindo mal?
- Não, dona Laranjeira. Eu estava muito bem até. Amarelei foi de desgosto. Não vê que dom Ratão morreu cozido na panela de feijão com toicinho, dona Baratinha pôs luto, a cozinheira quebrou o pote, o rio secou, os bois derrubaram os chifres e eu também sequei?
A laranjeira derramou uma lágrima e disse:
- Então, eu derrubo as folhas.
Choveram folhas no chão.
Os passarinhos que moravam nela, quando voltaram do trabalho à tarde, encontraram os ninhos expostos ao vento, ao sol e à chuva, na árvore nua.
- Que foi isso, dona Árvore, o que aconteceu que esta pensão está sem telhado?
- Vocês que andam voando por aí não souberam da desgraça?
- Não, senhora.
- Pois dom Ratão morreu, dona Baratinha pôs luto, a cozinheira quebrou o pote, o rio secou, os boi derrubaram os chifres, amarelou o campo e eu também derrubei as folhas.
Os passarinhos choraram, choraram.
- Que tristeza! Pois, de dó, nós também derrubaremos as penas.
E lá se foram eles, peladinhos, tremendo de frio, pelo campo, e andando em vez de voar, pois não tinham penas nem as asas.
O céu espiou aquele disparate, lá de cima, e estranhou:
- Ave Maria! Que mundo louco! O que será que deu naqueles passarinhos que perderam até a roupa?
Os passarinhos contaram:
- O senhor não sabe da grande desgraça?
- Não sei.
- Dom Ratão morreu cozido, dona Baratinha pôs luto, a cozinheira quebrou o pote, o rio secou, os bois derrubaram os chifres, o campo amarelou, a laranjeira ficou sem folhas, nós também nos depenamos.
- Que calamidade!
O céu se franziu numa carranca medonha. Começou a trovejar e a ventar. E depois urrou, com um vozeirão arrepiante:
- Pois então eu também vou despencar daqui de cima.
E desabou em cima da terra, no meio da tempestade mais horrorosa que já houve.
E foi assim que o mundo, certa vez, se acabou, só porque dom Ratão, que ia se casar com dona Baratinha, tão bonitinha, morreu cozido no feijão.
*************************************************************************
João e o pé de feijão
Era uma vez um menino chamado João, que vivia com sua mãe, uma pobre viúva, numa cabana bem longe da cidade.
Um dia, a mãe de João disse: - Joãozinho, acabou a comida e o dinheiro. Vá até a cidade e venda a nossa vaquinha, o único bem que nos resta.
João foi para a cidade e, no caminho, encontrou um homem que o convenceu a trocar a vaquinha por sementes de feijão. O homem disse:
- Com estas sementes de feijão jamais passarão fome. - João acreditou e trouxe as sementes para casa. Quando a mãe de João viu as sementes, ficou furiosa. Jogou tudo pela janela.
Na manhã seguinte, João levantou com muita fome e foi até o quintal. Ficou espantado quando viu uma enorme árvore que ia até o céu. Nem chamou sua mãe. Decidiu subir pelo pé de feijão até chegar à copa.
João ficou maravilhado ao encontrar um castelo nas nuvens e quis vê-lo de perto. De repente, uma mulher enorme surgiu de dentro do castelo e o agarrou:
- O que faz aqui, menino? Será o meu escravo.
 Mas o gigante não pode saber, por isso, vou escondê-lo. Se ele ver você, com certeza vai comê-lo.
O gigante chegou fazendo muito barulho. A mulher havia escondido João num armário. O gigante rugiu:
- Sinto cheiro de criança! E farejou em todos os cantos à procura de uma criança que estivesse escondida ali. A mulher adiantou-se e respondeu para o gigante:
- Este cheiro é da comida que irei serví-lo. Sente-se à mesa, meu senhor.
O gigante comeu o saboroso alimento. Depois, ordenou a uma galinha prisioneira que pusesse um ovo de ouro, e a uma harpa que tocasse uma bela melodia. Então, o gigante adormeceu em poucos minutos.
Vendo que a mulher havia se esquecido dele, João saiu do armário e, rapidamente, libertou a galinha e também a harpa. Mas a galinha cacarejou e a harpa fez um som estridente. Por isso, o gigante despertou.
Com a galinha debaixo do braço e a harpa na outra mão, João correu e o gigante foi atrás dele. João chegou primeiro ao tronco do pé de feijão e deslizou pelos ramos. Quando estava quase chegando ao chão, gritou para sua mãe, que o esperava:
 - Mamãe, vá buscar um machado, tem um gigante atrás de mim !
Com o machado, João cortou o tronco, que caiu com um estrondo. Foi o fim do gigante. E todas as manhãs, a galinha põe ovos de ouro e a harpa toca para João e sua mãe, que viveram felizes para sempre e nunca mais sentiram fome.
************************************************************************
Polegarzinha
Era uma vez uma mulher que não tinha filhos.
Ela sonhava em ter uma menininha, mas o tempo havia passado e o seu sonho não se tornou realidade.
Então, ela foi visitar uma feiticeira, que lhe deu uma semente mágica.
Assim que chegou em casa, ela plantou a semente num pote de flor. No outro dia, a semente se tornou uma adorável flor, parecida com uma tulipa.
A mulher beijou delicadamente bem no meio das pétalas da flor. E como um passe de mágica, a flor abriu e desabrochou completamente e dentro dela saiu uma minúscula menina do tamanho de um dedo polegar. A mulher decidiu chamá-la de Polegarzinha.
Para ser a cama de Polegarzinha, a mulher preparou uma casca de noz, pétalas de violeta como colchão e pétalas de rosas como cobertor.
Um dia, ela brincava em um barco de pétala de tulipa, flutuando do prato de água. Usando dois rabos de cavalo como remos, Polegarzinha velejava no seu pequeno lago, cantando e cantando com a sua voz doce e delicada.
De noite, quando ela havia adormecido em sua cama de noz, uma grande rã espiava através de um buraco na janela, enquanto ela olhava para Polegarzinha, disse:
- Como ela é bonita! Seria uma noiva perfeita para o meu querido filho.
Então, ela raptou Polegarzinha com noz e tudo e fugiu pelo jardim, sem ninguém ver.
De volta a lagoa, o seu filho gordo e feio, que sempre fez o que a sua mãe lhe mandava fazer, ficou muito satisfeito com a escolha.
Mas a sua mãe estava receosa, de que sua linda prisioneira escapasse, assim carregou Polegarzinha para fora da água e colocou-a numa folha de lírio no meio da lagoa.
- Ela agora nunca poderá escapar, disse a rã para o seu filho.
- E nós teremos bastante tempo para preparar uma nova casa para você e sua noiva. Polegarzinha foi deixada sozinha. Ela ficou desesperada. Ela reconheceu, que nunca poderia escapar, pois, duas rãs horrendas lhe esperavam. Tudo o que ela poderia fazer era chorar.
Contudo um ou dois peixes, que desfrutavam, debaixo da água, da sombra da folha de lírio, ouviram por acaso a conversa das duas rãs e a menininha amargurada soluçando.
Eles decidiram fazer alguma coisa.
Então, eles mordiscaram a haste do lírio até que ele quebrou e foi levado por uma correnteza fraquinha.
Uma borboleta dançante teve uma idéia:
- Jogue-me a extremidade de seu cinto ! Eu lhe ajudarei a mover-se um pouco mais rapidamente !
Polegarzinha agradeceu e assim a folha foi se afastando da lagoa da rã.
No entanto, outros perigos lhe aguardavam.
Um Besouro grande arrebatou Polegarzinha com seus pés fortes e levou-a a sua casa no alto de uma árvore frondosa.
- Ela não é linda ? Disse aos seus amigos.
Mas ele acharam ela muito diferente. Assim o besouro examinou-a melhor e decidiu deixá-la livre embaixo da árvore.
Era verão, e Polegarzinha vagueou sozinha entre flores e através de um longo gramado.
Alimentava-se de polén e bebia gotas de orvalho.
No entanto, a estação chuvosa chegou trazendo o mau tempo. A pobre menina sofreu muito para encontrar alimento e abrigo. Quando o inverno ficou intenso ela sentiu muita fome e frio.
Um dia, enquanto Polegarzinha vagava desamparada sobre os prados descampados, encontrou-se com uma grande aranha que prometeu lhe ajudar.
A aranha examinou a menina dentro de uma árvore oca e trancou a porta com um fio de teia bem resistente.
Então, trouxe-lhe algumas castanhas secas e chamou os seus amigos para virem admirar a beleza de Polegarzinha.
Mas, como os besouros, ele acharam a menina muito estranha e persuadiram a aranha a mandá-la embora.
Muito triste e acreditando que ninguém a quis, porque era muito feia, Polegarzinha partiu da casa da aranha.
Enquanto vagava, tiritando de frio, de repente, viu uma casa de campo pequena, feita de galhos mortos. Esperançosamente, bateu na porta e quem atendeu foi um rato do campo.
- O que você faz aí fora com esse tempo? ele perguntou. - Entre aqui e aqueça-se.
A casa do rato do campo era confortável e aconchegante, ele tinha estocado alimentos para o inverno.
Para o seu sustento Polegarzinha fazia o trabalho doméstico e contava estórias para o rato.
Um dia, o rato do campo disse, que um amigo estava vindo visitá-los.
- É uma toupeira muito rica e tem uma casa encantadora. Ele possui uma esplêndida pele preta, mas é terrivelmente míope. Necessita de companhia e gostaria de se casar.
Polegarzinha não gostou da idéia. Entretanto, quando a toupeira chegou, ela cantou tão docemente, que ele ficou apaixonado por ela.
A toupeira convidou Polegarzinha e o rato do campo para visitá-lo, mas para a sua surpresa e horror tinha uma andorinha dentro do túnel, que parecia estar morta.
A toupeira cutucou o seu pé e disse:
- Isso eu vou ensinar a ela! Ela deveria ficar no subsolo ao invés, de ficar movendo-se sobre o céu o verão todo.
Polegarzinha ficou chocada por tais palavras cruéis. Mais tarde ela rastejou desapercebida no túnel e todos os dias a menininha ia cuidar e alimentar a andorinha.
Nesses momentos, a andorinha contou a Polegarzinha a sua história. Por causa de um espinho entalhado, ela tinha sido incapaz de acompanhar os seus companheiros em busca de um clima mais morno.
- Muito gentil da sua parte cuidar de mim, disse ela a Polegarzinha.
Mas, na primavera, a andorinha foi embora, depois de oferecer-se para levar a pequena menina com ela.
Durante todo o verão, Polegarzinha fez de tudo para evitar de se casar com a toupeira. A pequena menina temia ter que viver para sempre no subsolo.
No dia do seu casamento, ela pediu para passar um dia inteiro no ar aberto.
Delicada como a pétala de uma flor, ela ouviu uma canção familiar:
- O inverno já está chegando e eu vou embora para as terras mornas, venha comigo Polegarzinha.
Polegarzinha subiu rapidamente nas asas do seu amigo andorinha, e o pássaro subiu ao céu. Voaram sobre planícies e montes até que alcançaram um país das flores.
A andorinha colocou delicadamente Polegarzinha em uma flor.
Lá encontrou-se com um rapazinho minúsculo, como ela, mas com asas brancas: O Rei das Flores.
Imediatamente, ele pediu que ela se casasse com ele. Polegarzinha ansiosamente disse "sim", e as asas brancas imediatamente surgiram nela, e ela se transformou na Rainha das Flores!
***********************************************************************
Tarzan
Numa noite de tempestade, perto da costa da África, um homem usou um barco a remo para salvar sua esposa e seu bebê de um naufrágio. Logo alcançaram a praia de uma ilha próxima e construíram uma casa em uma árvore para abrigar-se.
Nenhum outro ser humano vivia naquela ilha, cuja selva estava cheia de animais.
Um dia, uma gorila chamada Kala desgarrou-se do seu grupo. Ela estava muito triste, pois tinha perdido seu bebê para o maior inimigo dos gorilas, o leopardo fêmea Sabor.
Foi então que Kala ouviu o choro de outro bebê e, seguindo o barulho, encontrou a casa da árvore. Bastou apenas uma olhadela para ver que a maldita Sabor tinha passado também por ali.
Kala sabia que aquela criaturinha que deveria ter uma família, pois encontrou o retrato dos pais, precisava de cuidados.
Então aconchegou-a com bondade em seus braços fortes.
Quando Kala voltou para casa, os outros macacos olharam espantados para o pequeno humano.
- O que é essa coisa esquisita? - resmungou Terk, a filha de Kala.
- É um bebê - disse Kala. - Agora vou ser mãe dele também.
E, com cuidado colocou o bebezinho nos braços de Terk.
- Ele não é igual a nós! - exclamou Kerchak, o chefe dos gorilas.
- Ele é um perigo para nossa família. Você tem de devolvê-lo!
Mas Kala já estava muito apegada ao bebê e acabou convencendo Kerchak a deixá-la ficar com a criança. Deu-lhe o nome de Tarzan.
Um dia, quando tinha cinco anos, Tarzan provocou sem querer o estouro de uma manada de elefantes.
Zangado, Kerchak reclamou de Tarzan, dizendo a Kala que ele jamais se adaptaria.
Tarzan ficou chateado e com raiva de Kerchak. Ficou também muito triste por perceber quanto era diferente dos outros gorilas. Kala logo compreendeu o sofrimento do filho.
Com muito carinho, mostrou-lhe que, por dentro, eram iguais. Era isso que importava.
Tarzan estava decidido a provar seu valor a Kerchak. Queria ser o melhor gorila do mundo. Com os hipopótamos, aprendeu a nadar. Com os macacos, a se balançar nos cipós.
Observando o chifre do rinoceronte, teve a idéia de criar uma ferramenta especial: uma lança.
Um dia Kerchak travou uma grande batalha com Sabor. A fera assassina estava quase vencendo a luta quando Tarzan chegou para ajudar o gorila.
Derrotou Sabor e salvou Kerchak.
Os gorilas ficaram muito contentes! Kala estava orgulhosa. Finalmente, Kerchak aceitava Tarzan como membro da família!
De repente ecoou pela selva um barulho terrível e nunca antes ouvido: tiros!
Kerchak imediatamente conduziu sua família para um lugar seguro. Mas Tarzan ficou curioso. Correu para ver de onde tinha vindo aquele "trovão". Ficou chocado quando viu três criaturas muito parecidas com ele. As criaturas eram o professor Porter, sua filha Jane e o guia deles, Clayton. Os Porters tinham vindo para a África estudar gorilas.
Então Jane foi atacada por um grupo de babuínos. Tarzan logo pulou num cipó para salvá-la!
Tarzan queria falar com Jane também. Pegou suavemente no queixo da moça e finalmente os dois se apresentaram.
Kerchak ordenou a Tarzan que ficasse longe daquelas criaturas estranhas e barulhentas.
Mas Tarzan queria saber mais a respeito delas.
No acampamento dos humanos, Tarzan aprendeu muitas coisas. Tarzan ensinou-lhes a dizer "Jane fica com Tarzan" na língua dos gorilas.
Kerchak estava furioso com a atitude de Tarzan, levando os humanos para ver os gorilas.
Os bebês macacos adoraram Jane!
Mas Kerchak os atacou e Tarzan o segurou para que os humanos fugissem.
Kala então resolveu contar a verdade levando Tarzan à casa da árvore para que ele soubesse da sua origem e pudesse escolher: viver com os macacos ou com os humanos.
Tarzan escolheu Jane!
E todos assistiram à partida do amigo. Estavam mais tristes do que zangados.
A bordo do navio, Tarzan teve uma surpresa desagradável. Clayton assumiu o comando e deixou-os todos  prisioneiros.
Quando soube do plano para capturar macacos, Tarzan deu um grito terrível.
Os amigos da selva vieram todos ajudar Tarzan a salvar os gorilas das garras de Clayton.
Jane e Porter também vieram ajudar os amigos.
De repente Clayton atira em Kerchak. Antes de morrer se desculpa e pede ao filho que cuide da família, porque de agora em diante, ele seria o grande líder.
E assim todos ficaram juntos e viveram felizes para sempre.
************************************************************************
Alice no País das Maravilhas
Era uma vez uma menina chamada Alice. Numa tarde de verão, ela estava sob a sombra de uma árvore, ao lado de sua irmã mais velha, que lia um livro sem nenhuma figura.
Achando aquilo muito chato, Alice foi ficando cada vez mais sonolenta quando, de repente, apareceu um coelho apressado com um enorme relógio exclamando:
- Hãaa!!! Nossa! É tarde, é tarde, é tarde, muito tarde!
O coelho entrou numa toca e a menina foi atrás. De repente, ficou tudo muito escuro e Alice sentiu que estava caiiindo, caiiindo, caiiindo num poço que parecia não ter fim.
Aí... de repente, plaft! Tinha caído sentada num monte de folhas secas. Olhando ao redor, ela viu uma pequena porta. Quis passar, mas não conseguiu, porque a porta era minúscula.
Havia por ali uma lata em que estava escrito "Coma-me". Abriu a lata mais que depressa e, vendo que eram biscoitos, começou a comer. Pra surpresa de Alice, quanto mais ela comia, menor ficava em tamanho. Foi ficando pequenininha, pequenininha e assim conseguiu passar pela portinha.
Saiu então num jardim onde viu flores falando e cantando. Isso a deixou super-admirada.
Perguntou então às flores:
- Como posso crescer novamente?
- Siga em frente. Responderam em coro.
Alice obedeceu. Andou, andou, e encontrou em cima de um cogumelo um bichinho azul que lhe perguntou:
- Que deseja, menina?
Percebendo a tristeza de Alice, o bichinho azul disse:
- Coma do cogumelo, mas coma só do lado direito, senão você diminui.
Minutos depois de comer, Alice voltou ao seu tamanho normal. Muito feliz, ela levou consigo mais dois pedacinhos do cogumelo.
Sem rumo certo, Alice continuou a andar quando, inesperadamente, encontrou um gato risonho:
- Pode me indicar o caminho que devo seguir? Disse a menina.
- Humm! Mas pra onde deseja ir? - perguntou o gato.
- Não sei!...
- Humm! À direita, mora o Chapéu; à esquerda, mora a Lebre de Março. Hãaa! Tanto faz, menina, os dois são malucos, disse o gato.
- Maas, então, tenho eu que viver entre doidos?
- Humm! Humm! Dê trinta passos pra frente, trinta passos pra direita e mais trinta pra esquerda. Ali existe uma árvore que orienta.
Sem entender nada, mas levada pela intuição, Alice chegou na casa da Lebre de Março e viu a Lebre e o Chapéu tomando chá ao ar livre. Sentou-se à mesa com os dois.
- Mais vinho, Chapéu? - perguntou a Lebre.
- Oh! Oh! Oh! Sim, por favor, querida, um pouco mais de leite sem manteiga com casca de pão - respondeu ele.
Aturdida, sem entender nada, Alice saiu dali em disparada. Mais à frente, ela viu os soldados da Rainha de Copas pintando de vermelho as flores brancas que ali existiam.
- Mas por que estão pintando de vermelho as flores brancas?
- Plantamos flores brancas por engano. Como a Rainha só gosta de flores vermelhas, se não pintarmos as flores brancas de vermelho, ela manda cortar nossas cabeças, responderam eles.
No Reino de Copas, tirando essa maluquice toda, tudo corria normalmente. Um dia, porém, um soldado roubou da Rainha um pedaço de bolo. Foi preso pra ser julgado e condenado. E Alice, mesmo sem saber do acontecido, foi convocada pra testemunhar.
Estava pra se iniciar o julgamento, quando algo muito estranho aconteceu. Alice começou a crescer, a crescer... e ficou muito alta, com mais de um quilômetro de altura.
Os soldados então começaram a correr atrás dela pra expulsá-la do Reino, porque assim mandava a lei.
Nesse instante, Alice acordou e viu-se deitada no colo de sua irmã que lia um livro sem figuras. Ah, ah, ah! Felizmente, tudo tinha sido só um sonho!!!
***********************************************************************
Aladim e a Lâmpada Maravilhosa
"Aladim era filho de um pobre alfaiate que vivia numa cidade da China. Quando seu pai morreu, ele era muito jovem, e sua mãe teve que fiar algodão, dia e noite, para sustentá-lo.
Um dia, quando tinha mais ou menos quinze anos, estava brincando na rua, com alguns companheiros. Um estranho que passava parou para olhá-lo. Era um mágico africano que necessitava da ajuda de um jovem. Percebeu logo que Aladim era exatamente quem ele procurava.
Primeiro, o mágico indagou das pessoas que estavam ali, quem era o menino. Depois, dirigiu-se a ele e disse:
- Meu rapaz, você não é filho de Mustafá, o alfaiate?
- Sim, senhor, mas meu pai morreu há muito tempo, respondeu o rapaz.
Ao ouvir estas palavras, o mágico abraçou Aladim, com os olhos cheios de lágrimas, e disse:
- Você é meu sobrinho, pois seu pai era meu irmão. Eu o conheci à primeira vista, porque você é muito parecido com ele.
O homem deu duas moedas de ouro a Aladim, dizendo:
- Vá para casa e diga à sua mãe que irei jantar com vocês.
Encantado com o dinheiro, Aladim correu para casa.
- Mamãe, eu tenho algum tio? perguntou ele.
- Não, meu filho. Seu pai não tinha irmãos e eu também não os tenho, respondeu a senhora.
- Acabo de encontrar um senhor que me disse ser irmão de papai. Deu-me este dinheiro e mandou dizer-lhe que jantaria aqui hoje.
A senhora ficou muito admirada, mas saiu para fazer compras e passou o dia preparando o jantar. Exatamente quando tudo ficou pronto, o mágico bateu à porta. Entrou trazendo embrulhos de frutas e doces. Cumprimentou a mãe de Aladim e, com lágrimas nos olhos,
pediu-lhe que indicasse o lugar em que o irmão costumava sentar-se. Durante o jantar, pôs-se a descrever suas viagens.
- Minha boa irmã, começou ele. Não me admiro de que você nunca me tivesse visto.
Estive quarenta anos fora deste país. Viajei por muitos lugares. Estou realmente triste por saber da morte de meu irmão, mas é um conforto saber que ele deixou um filho tão encantador!! Virando-se para Aladim, perguntou-lhe:
- Que faz você? Trabalha no comércio?
Aladim abaixou a cabeça, sem ter o que dizer. Sua mãe, então, explicou:
- Infelizmente ele nada faz. Passa os dias desperdiçando o tempo a brincar na rua.
- Isto não vai bem , meu sobrinho, disse o mágico. É preciso pensar num meio de ganhar a vida. Eu gostaria de ajudá-lo. Se você quiser, abrirei uma loja para você.
Aladim ficou muito contente com a idéia. Disse ao mágico que não havia nada que o encantasse mais.
- Bem, resolveu o homem. Amanhã sairemos e comprar-lhe-ei roupas elegantes. Depois, então, pensaremos na loja.
No dia seguinte, ele voltou, como havia prometido, e levou Aladim a uma casa que vendia roupas lindas. O menino escolheu as que mais lhe agradaram. Depois deram um passeio pela cidade. À noite, foram a uma festa. Quando a mãe de Aladim o viu voltar tão elegante e o ouviu contar tudo que haviam feito, ficou muito contente.
- Bondoso irmão, disse ao mágico, não sei como agradecer-lhe tanta bondade.
- Aladim é um bom rapaz, disse ele, e bem merece que se faça tudo por ele. Algum dia nos orgulharemos dele. Amanhã virei buscá-lo, para dar um passeio no campo. Depois de amanhã, então, abriremos a loja.
No dia seguinte, Aladim levantou-se muito cedo e foi ao encontro do tio. Andaram muito até que chegaram a uma fonte de água clara. O mágico abriu um embrulho de frutas e bolos. Quando acabaram de comer, continuaram a andar até que chegaram a um vale estreito, cercado de montanhas. Era este o lugar que o homem esperava encontrar. Ali havia levado Aladim por um motivo secreto.
- Não iremos adiante, comunicou ao rapaz. Mostrarei a você algumas coisas que ninguém ainda viu. Enquanto risco um fósforo, cate todos os gravetos que encontrar para acender o fogo.
Aladim num instante arranjou um pilha de gravetos, aos quais o mágico atiçou fogo. Quando as chamas cresceram, atirou-lhes um pouco de incenso e pronunciou umas palavras mágicas que Aladim não entendeu. Imediatamente a terra se abriu a seus pés e apareceu uma grande pedra, em cuja parte superior havia uma argola de ferro. Aladim estava tão assustado que teria fugido se o mágico não o detivesse.
- Se você me obedecer, não se arrependerá. Debaixo desta pedra está escondido um tesouro que o fará mais rico do que todos os reis do mundo. Você deverá, entretanto, fazer exatamente o que eu digo, para conseguí-lo.
O medo de Aladim desapareceu e ele declarou ao tio:
- Que tenho a fazer? Estou pronto a obedecer.
- Segure a argola e levante a pedra, disse o homem.
Aladim fez o que o mágico havia dito. Suspendeu a pedra e deixou-a de lado. Apareceu uma escada que conduzia a uma porta.
- Desça estes degraus e abra aquela porta, ordenou o mágico. Você entrará num palácio onde há três enormes salões. Em cada um deles verá quatro vasos cheios de ouro e prata.
Não mexa em nenhum deles. Passe através dos três salões sem parar. Tenha cuidado para não se encostar nas paredes. Se o fizer, morrerá instantaneamente. No fim do terceiro salão, há uma porta que dá para um pomar, onde as árvores estão carregadas de lindas frutas. Atravessando o pomar, você chegará a um muro no qual encontrará um nicho.
Nesse nicho, há uma lâmpada acesa. Pegue a lâmpada, jogue fora o pavio e o azeite, e traga-a o mais depressa que puder. Dizendo estas palavras, o mágico tirou do dedo um anel que ofereceu a Aladim, explicando:
- Se você me obedecer, isto o protegerá contra todos os males. Vá, meu filho. Faça tudo o que eu disse e ambos seremos felizes para o resto da vida.
Aladim desceu os degraus e abriu a porta. Encontrou três salões. Atravessou-os cuidadosamente e chegou ao pomar. Foi até o muro e apanhou a lâmpada no nicho. Jogou fora o pavio e o azeite. Finalmente, prendeu a lâmpada no cinturão. Já estava decidido a voltar, mas, olhando para as árvores, ficou encantado com as frutas. Eram de cores diferentes: brancas, vermelhas, verdes, azuis, roxas, todas cintilantes. Na verdade, não eram frutas, mas pedras preciosas: pérolas, diamantes, rubis, esmeraldas, safiras e ametistas. Aladim, não sabendo seu valor, pensou que eram simples pedaços de vidro.
Ficou, entretanto, encantado com as cores e apanhou algumas de cada cor. Encheu os bolsos e também a bolsa de couro que trazia presa ao cinturão. Assim carregado de tesouros, correu pelos salões e logo chegou à boca da caverna. Viu o tio que o esperava no alto da escada e pediu-lhe:
- Dê-me a mão, meu tio, e ajude-me a sair daqui.
- Primeiro, me entregue a lâmpada, exigiu o mágico.
- Na verdade, não posso fazê-lo agora, pois trago outras coisas que me dificultam a subida, mas assim que estiver aí em cima, entregá-la-ei, explicou Aladim.
O mágico, que estava aflito para possuir a lâmpada, irritou-se e atirou um pouco de incenso ao fogo, pronunciando, depois, algumas palavras mágicas. Imediatamente a pedra voltou ao seu lugar, tapando a saída da estranha caverna. Quando Aladim se viu na escuridão, chamou o mágico e implorou-lhe que o tirasse dali. Prometeu-lhe mil vezes que lhe daria a lâmpada. Seus rogos, entretanto, foram em vão. Desesperado, tentou atingir novamente a porta que conduzia aos salões, para ver se conseguia chegar ao pomar. A porta, porém, estava fechada. Durante dois dias, Aladim permaneceu na escuridão, sem comer, nem beber. Por fim, juntou as mãos para rezar e, ao fazê-lo, esfregou o anel que o mágico tinha posto em seu dedo. No mesmo instante, um gênio, enorme e assustador, surgiu da terra, dizendo:
- Que deseja? Sou o escravo do anel e cumprirei suas ordens.
Aladim replicou:
- Tire-me daqui.
Logo a terra se abriu e ele se encontrou lá fora. Muito atordoado foi andando para casa e, ao chegar, caiu desfalecido junto à porta. Quando voltou a si, contou à mãe o que lhe havia acontecido. Mostrou-lhe a lâmpada e as frutas que tinha trazido. Pediu-lhe, depois, alguma coisa para comer, ao que ela respondeu:
- Meu filho, nada tenho em casa, mas fiei algum algodão e irei vendê-lo.
- Em vez do algodão, mamãe, venda a lâmpada, propôs o menino.
Ela apanhou a lâmpada e começou a esfregá-la, porque estava muito suja. Nesse momento, surgiu um gênio que gritou bem alto:
- Sou o gênio da lâmpada e obedecerei à pessoa que a estiver segurando.
A senhora estava assustada demais para poder falar, mas o menino agarrou-a ousadamente e disse:
- Arranje-me alguma coisa para comer.
O gênio desapareceu e voltou equilibrando na cabeça uma bandeja de prata na qual havia doze pratos, também de prata, cheios das melhores iguarias. Havia ainda dois pratos e dois copos vazios. Colocou a bandeja na mesa e desapareceu outra vez. Aladim e sua mãe sentaram-se e comeram com grande prazer. Nunca haviam provado comida tão gostosa.
Depois de comerem tudo, venderam os pratos, conseguindo, assim, dinheiro que deu para viverem por algum tempo com bastante conforto.
Um dia, quando passeava pela cidade, Aladim ouviu uma ordem do sultão mandando que fechassem as lojas e saíssem todos das ruas, pois sua filha, a princesa, ia ao banho de mar e não podia ser vista por ninguém. O rapaz escondeu-se atrás de uma porta, de onde podia ver a princesa quando passasse. Não decorreu muito tempo e ela veio, acompanhada de uma porção de aias. Quando chegou perto da porta onde Aladim estava escondido, tirou o véu e ele viu seu rosto. A moça era tão bonita que ele desejou casar-se com ela. Chegando a casa contou à mãe seu amor pela princesa. A senhora riu-se e respondeu:
- Meu filho, você deve estar louco para pensar numa coisa destas!
- Não estou louco, mamãe, e pretendo pedir a mão da princesa ao sultão. Você deve procurá-lo para fazer o pedido, disse ele.
- Eu??? Dirigir-me ao sultão??? Você sabe muito bem que ninguém pode falar-lhe sem levar um rico presente, informou a senhora.
- Bem, vou contar-lhe um segredo. Aquelas frutas que trouxe da caverna não são simples pedaços de vidro. São joias de grande valor. Tenho olhado pedras preciosas nas joalherias e nenhuma é tão grande, nem tem o brilho das minhas. A oferta delas, estou certo, comprará o favor do sultão.
Aladim trouxe as pedras da cômoda onde as tinha escondido e sua mãe colocou-as num prato de porcelana. A beleza de suas cores assombrou a senhora, que ficou certa de que o presente não poderia deixar de agradar ao sultão. Ela cobriu o prato e as joias com um bonito pano de linho e saiu para o palácio. A multidão daqueles que tinham negócios na corte era grande. As portas estavam abertas e ela foi entrando. Colocou-se em frente ao sultão. Ele, entretanto, não tomou conhecimento de sua presença. Durante uma semana, ela foi lá diariamente, ocupando sempre o mesmo lugar. Afinal, ele viu-a e perguntou o que desejava. Tremendo, a boa mulher falou-lhe sobre a pretensão do filho. O sultão ouviu-a amavelmente e perguntou-lhe o que trazia na mão. Ela tirou o guardanapo de cima do prato e mostrou-lhe as jóias cintilantes. Que surpresa teve ele ao ver tais maravilhas!
Durante muito tempo, contemplou-as sem dizer nada. Depois exclamou:
- Que riqueza! Que encanto!
Ele já havia determinado que a filha se casaria com um de seus oficiais; no entanto, disse à mãe de Aladim:
- Diga a seu filho que ele desposará a princesa se me enviar quarenta tinas cheias de jo
joias como estas. Elas deverão ser-me entregues por quarenta escravos negros, cada um dos quais será precedido de um escravo branco, todos ricamente vestidos.
A mãe de Aladim curvou-se até o chão e voltou para casa pensando que tudo estivesse perdido. Deu o recado ao filho esperando que, com isso, ele desistisse. Aladim sorriu, e quando a mãe se afastou, apanhou a lâmpada e esfregou-a. O gênio apareceu no mesmo instante e ele pediu-lhe que arranjasse tudo que o sultão havia pedido. O gênio desapareceu e voltou trazendo quarenta escravos negros, cada um carregando na cabeça uma tina cheia de pérolas, rubis, diamantes, esmeraldas, safiras e ametistas. Os quarenta escravos negros e outros tantos brancos encheram a casa e o jardim. Aladim ordenou-lhes que se dirigissem ao palácio, dois a dois, e pediu à sua mãe que entregasse o presente ao sultão. Os escravos estavam tão ricamente vestidos que todos, nas ruas, paravam para vê-los.
Entraram no palácio e ajoelharam-se em frente ao sultão, formando um semi-círculo.
Os escravos negros colocaram as tinas no tapete.
O espanto do sultão, à vista daquelas riquezas, foi indescritível. Depois de muito contemplá-las, levantou-se e disse à mãe de Aladim:
- Diga a seu filho que o espero de braços abertos.
A senhora, feliz com a notícia, não perdeu tempo. Saiu correndo e deu o recado ao filho.
Aladim, entretanto, não teve pressa. Primeiro chamou o gênio e pediu-lhe:
- Desejo um banho perfumado, uma roupa luxuosa, um cavalo tão bonito quanto o do sultão, vinte escravos e, além disso, vinte mil moedas de ouro distribuídas em vinte bolsas.
Tudo isso apareceu imediatamente à sua frente. Aladim, elegantemente vestido e montado num lindo cavalo, passou pelas ruas, causando admiração a todos. Os escravos marchavam a seu lado, cada um carregando uma bolsa cheia de moedas de ouro, para distribuir pelo povo. Quando o sultão viu aquele belo rapaz, saiu do trono para recebê-lo. À noite ofereceu-lhe uma grande festa. Ele desejava que Aladim se casasse logo com a filha, mas este lhe disse:
- Primeiro, construirei um palácio para ela.
Assim que regressou a casa, chamou o gênio e disse:
- Dê-me um palácio do mais fino mármore, incrustado de pedras preciosas. Nele quero encontrar estábulos, cocheiras, lacaios, escravos. A mais fina decoração, com os móveis mais luxuosos do mundo.
O casamento de Aladim com a princesa realizou-se no meio de grande regozijo. O rapaz já havia conquistado o coração do povo, por sua generosidade. Durante muito tempo eles foram imensamente felizes. Nesta ocasião, o mágico que estava na África descobriu que Aladim era muito rico e querido de todos. Cheio de raiva, embarcou para a China. Lá chegando, ouviu alguém falar do palácio maravilhoso que tinha sido levantado pelo gênio da lâmpada. Resolveu, então, obter a lâmpada, custasse o que custasse. Os mercadores contaram-lhe que Aladim tinha ido caçar e que estaria ausente por alguns dias. Ele comprou uma dúzia de lâmpadas de cobre, iguais à lâmpada maravilhosa, e foi ao palácio gritando:
- Trocam-se lâmpadas novas por velhas!
Quando chegou à janela da princesa, os escravos chamaram-no, dizendo:
- Venha cá. Temos uma lâmpada feia e velha que queremos trocar.
Era a lâmpada maravilhosa, que Aladim havia deixado em cima de um móvel. A princesa não sabia seu valor; por isso, pediu a um escravo que a trocasse por uma nova. O mágico, muito contente, deu-lhe a melhor lâmpada que tinha, e saiu correndo para a floresta.
Quando anoiteceu, chamou o gênio da lâmpada e ordenou que o palácio, a princesa e ele próprio fossem carregados para a África.
O pesar do sultão foi terrível quando descobriu que a filha e o palácio tinham desaparecido. Enviou soldados à procura de Aladim, que foi trazido à sua presença.
- Pouparei sua vida por quarenta dias e quarenta noites, lhe informou o sultão. Se durante este tempo minha filha não aparecer, mandarei cortar-lhe a cabeça.
Aladim vagou por toda a cidade, perguntando às pessoas que encontrava o que havia acontecido ao seu palácio. Ninguém sabia dar-lhe informação . Depois de muito andar, parou num riacho para matar a sede. Abaixou-se e juntou as mãos para apanhar um pouco de água. Ao fazê-lo, esfregou o anel mágico que trazia no dedo. O gênio do anel apareceu e perguntou-lhe o que queria.
- Ó gênio poderoso, devolve-me minha esposa e meu palácio! Implorou ele.
- Isto não está em meu poder, disse o gênio. Peça-o ao gênio da lâmpada. Sou apenas o gênio do anel.
- Então, pediu Aladim, leva-me até onde estiver o palácio.
Imediatamente, o rapaz sentiu-se carregado pelos ares. Finalmente chegou a um país estranho, onde logo avistou o palácio. A princesa estava chorando em seu quarto. Quando viu Aladim, ficou muito contente. Correu ao seu encontro e contou-lhe tudo o que havia acontecido. Aladim, ao ouvir falar na troca das lâmpadas, percebeu logo que o mágico era o causador de toda aquela aflição.
- Diga-me uma coisa, perguntou à esposa, onde está a lâmpada velha agora?
- O velho carrega-a no cinturão e não se separa dela noite e dia.
Depois de muito conversarem, fizeram um plano para conseguir a lâmpada de volta.
Aladim foi à cidade e comprou um pó que fazia a pessoa dormir instantaneamente. A princesa convidou o mágico para jantar em sua companhia. Enquanto comiam os primeiros pratos, ela pediu a um criado que lhe trouxesse dois copos de vinho, que ela havia preparado. O mágico, encantado com tanta gentileza, bebeu o vinho no qual ela
havia derramado certa quantidade do pó. Suas idéias foram ficando meio confusas e ele pegou no sono.
Aladim, que estava escondido atrás de uma cortina, veio depressa e apanhou a lâmpada do cinturão do velho. Depois mandou que os empregados o carregassem para fora do palácio e o deixassem bem longe dali. A seguir, esfregou a lâmpada e, quando o gênio apareceu, pediu-lhe que levasse o palácio de volta para a China. Algumas horas mais tarde, o sultão olhando pela janela, viu o palácio de Aladim brilhando ao sol. Mandou, então, dar uma festa que durou uma semana.
O mágico, quando acordou no dia seguinte e se viu no meio da rua sem a lâmpada, ficou desesperado. Levantou-se e foi andando, tão distraído que não viu uma carruagem que se aproximava. O resultado foi que morreu debaixo das patas dos cavalos. Aladim e a esposa viveram felizes pelo resto da vida. Quando o sultão morreu, Aladim subiu ao trono e reinou por muitos anos, sendo sempre querido do povo."
**********************************************************************
Pinóquio
Numa aldeia italiana vivia Gepeto, o melhor relojoeiro do mundo. Um dia construiu um boneco quase perfeito...!
-Será o filho que não tive, e vou chamar-te Pinóquio.
Nessa noite a Fada Madrinha visitou a oficina de Gepeto.
Tocando Pinóquio com a varinha mágica disse:
- Vou-te dar vida, boneco. Mas deves ser sempre bom e verdadeiro!
No dia seguinte Gepeto apercebeu-se que os seus desejos se tinham tornado realidade.
Mandou então Pinóquio à escola, acompanhado pelo grilo cantante Pepe.
No caminho encontraram a D. Raposa e a D. Gata.
- Porque vais para a Escola havendo por aí tantos lugares bem mais alegres? - perguntou a raposa.
- Não lhe dês ouvidos! - avisou-o Pepe.
Mas Pinóquio, para quem tudo era novidade, seguiu mesmo as tratantes e acabou à frente de Strombóli, o dono de um teatrinho de marionetes.
- Comigo serás o artista mais famoso do mundo! - segredou-lhe o astucioso Strombóli.
O espetáculo começou. Pinóquio foi a estrela, principalmente pelas suas faltas, que causaram muita risota. Os outros bonecos eram hábeis, enquanto o novo só fazia asneiras...
Por isso triunfou! No final do espectáculo Pinóquio quis ir-se embora, mas Strombóli tinha outros planos.
- Ficas preso nesta jaula, boneco falante. Vales mais que um diamante!
Por sorte o grilo Pepe correu a avisar a Fada Madrinha, que enviou uma borboleta mágica para salvar Pinóquio.
Quando se recompôs do susto, a borboleta perguntou-lhe aonde vivia.
- Não tenho casa. - respondeu o boneco.
A borboleta voltou a fazer-lhe a mesma pergunta, e ele a dar a mesma resposta. Mas, de cada vez que mentia, o nariz crescia-lhe mais um pouco, pelo que não conseguiu enganar a Borboleta Mágica.
- Não quero este nariz! - soluçou Pinóquio.
- Terás que te portar bem e não mentir! Voltas para casa e para a Escola. - disse-lhe a Borboleta Mágica.
Depois de regressar a casa, aonde foi recebido com muita alegria por Gepeto, passou a portar-se bem.
Tempos depois, de novo quando ia para a Escola, voltou a encontrar a Raposa, que o desafiou para a acompanhar à Ilha dos Jogos. Assim que entrou começaram a crescer-lhe as orelhas e a transformar-se em burro.
Aflito, valeu-lhe o grilo Pepe, que lhe disse:
- Anda, Pinóquio. Conheço uma porta secreta...! Não te queres transformar em burro, pois não? Levar-te-iam para um curral!
- Sim, vou contigo, meu amigo.
Ao chegarem a casa encontraram-na vazia. Por uns marinheiros souberam que Gepeto se tinha feito ao mar num bote. Como o grilo Pepe era muito esperto, ensinou Pinóquio a construir uma jangada.
Dois dias mais tarde, quando navegavam já longe de terra, avistaram uma baleia.
- Essa baleia vem direita a nós! gritou Pepe. - Saltemos para a água!
Mas não puderam salvar-se... a baleia engoliu-os.
Em breve descobriram que no interior da barriga estava Gepeto, que tinha naufragado no decurso de uma tempestade.
Depois de se terem abraçado, resolveram acender uma fogueira. A baleia espirrou e lançou-os fora.
- Perdoa-me papá. - suplicou Pinóquio muito arrependido.
E a partir dali mostrou-se tão dedicado e bondoso que a Fada Madrinha, no dia do seu primeiro aniversário, o transformou num menino de carne e osso, num menino de verdade.
- Agora tenho um filho verdadeiro! - exclamou contentíssimo Gepeto.
***********************************************************************
O Rei Leão
Na enorme savana africana, os grandes elefantes, as zebras e as girafas estão se reunindo.
Todos vão celebrar um nascimento na Terra dos Leões.
Rafiki, o velho babuíno, levanta Simba bem alto para que todos os animais possam admirá-lo.
Viva o novo Príncipe!
- Veja, Simba, nosso território é muito grande.
Uma noite não é o bastante para percorrê-lo de uma extremidade à outra. Um dia, você será o rei disso tudo.
- Nala pode vir brincar comigo?
- É claro, Simba assim que ela terminar seu banho. Não vai demorar muito.
- Calma, Simba! Você está indo muito rápido!
- Apresse-se, Nala! Os avestruzes estão nos esperando para uma corrida!
- Tio Scar! Meu pai disse que um dia eu serei rei!
- Você ainda é bem jovem, meu sobrinho.
Divirta-se, aproveite a vida, brinque com seus amigos.
- Está bem, Timon.
Eu vou experimentar isso, mas será para agradar você!
- A gente se vê depois da sesta, está bem, Simba?
- Eu também vou tirar um cochilo - disse Pumba.
- Acho que o lanche de Timon me embrulhou o estômago.
- Acordem todos! Vamos brincar de esconde-esconde!
No futuro, Simba será um grande rei!
**********************************************************************
Dumbo
E as cegonhas sobrevoavam o alojamento de um circo de inverno à procura das mães dos filhotes que carregavam em seus enormes bicos.
Todas ganhavam, a mamãe girafa, a mamãe ursa, a mamãe hipopótamo, só Dona Jumbo, a mamãe elefante não ganhou seu filhote tão esperado.
Assim o circo embarca trazendo muita diversão.
De repente, uma cegonha um pouco atrasada, chega trazendo o tão esperado filhote de Dona Jumbo.
Puxa, que alegria!
Jumbo Júnior era o seu nome.
- Mas que orelhas! Disse uma companheira da Sra. Jumbo. O seu nome será Dumbo!
Não importava , Dumbo ou Jumbo Júnior, era o filhote mais querido e esperado. Dona Jumbo tratava-o com muito carinho!
E assim a Sra. Jumbo e Dumbo passaram a noite mais feliz de suas vidas.
Mãe e filho, juntos.
No dia seguinte, o público começou a chegar para o grande espetáculo.
Dumbo chamou muito a atenção de todos, pois sua orelha era enorme mesmo. As crianças começaram a zombar de Dumbo e como toda mãe, Dona Jumbo foi defender seu filhote daquela zombaria, mas se excedeu demais. Acabou indo para solitária pobre Dumbo, ficou só. As companheiras da Sra. Jumbo, ignoravam o elefantinho que precisava apenas de um pouco de atenção.
Mas Timóteo, um simpático ratinho, estava sentado comendo as sobras de amendoim deixadas pelo público, observava tudo e ficou indignado com a atitude daqueles paquidermes e resolveu ajudar Dumbo.
Tornou-se o melhor amigo de Dumbo!
No dia seguinte, o número que os elefantes iriam apresentar seria a formação de uma pirâmide e no topo Dumbo seria lançado. Timóteo como seu amigo, deu-lhe a maior força, mas foi um desastre!
Dumbo então foi transformado em um palhaço!
Mas Dumbo estava muito triste, pois ele era um elefante e não um palhaço! E Timóteo para reanimá-lo conseguiu que Dumbo fosse ver sua mãe na solitária.
Sra. Jumbo aquela noite ninou o seu bebê!
Sem querer os dois amigos vão parar encima de uma árvore, onde estavam sendo observados pelos corvos.
Timóteo então descobriu que eles poderiam ter voado!
- Você pode voar, suas orelhas são perfeitas asas - disse Timóteo!
Dumbo então é incentivado a voar pelos corvos que lhe dão uma pena e Timóteo dizia ser a pena mágica.
- Voe, Voe, bata as asas, vamos! Você pode! Você pode! - gritava Timóteo!
Finalmente Dumbo voou!
No dia seguinte, Dumbo se transforma na principal atração do circo.
Usando suas orelhas, ele faz o que nenhum outro elefante conseguiu: voar! Agora, Dumbo é um verdadeiro herói e brilha como a estrela voadora do circo, trazendo alegria e diversão para todos.
**********************************************************************
Hercules
Há muito tempo, a Terra era governada por monstros chamados Titãs. Então o poderoso Zeus trancou os Titãs no fundo do oceano. Assim ele e seus colegas deuses e deusas puderam, do Monte Olimpo, governar o mundo.
Num dia feliz, Hera, a esposa de Zeus, deu à luz um bebê muito forte. Zeus deu de presente a seu filho um cavalinho alado chamado Pégaso.
Hades, o demoníaco deus do Mundo Inferior, estava entre os convidados.
Hades tinha um plano para dominar o Olimpo. Mas precisava saber se teria sucesso, então consultou as Moiras, três irmãs videntes.
- Daqui a dezoito anos, os planetas estarão alinhados - disseram elas - os Titãs serão libertados e então você, Hades, poderá vencer Zeus. Mas, se Hércules juntar-se à luta, você falhará.
Então, Hades decidiu livrar-se de Hércules.
Ele mandou Pânico e Agonia roubarem o bebê.
Os demônios o levaram para a Terra e forçaram-no a beber uma poção mágica que o transformaria em um ser humano normal.
Mas, antes que o bebê tomasse a última gota, Anfitrião e Alcmena, um amável casal, aproximaram-se.
Pânico e Agonia transformaram-se em duas serpentes venenosas para poder completar sua missão, mas a força incrível de Hércules foi suficiente para acabar com elas.
O casal decidiu criar Hércules.
Hércules quer ser um menino prestativo, mas, com sua força descomunal e incontrolada, sempre põe tudo a perder!
Diante disso o casal resolveu contar toda a verdade. À procura de uma resposta, Hércules foi até o templo de Zeus.
- Se provar ser um verdadeiro herói na Terra, você poderá ser um deus novamente. Peça ajuda a Filoctetes, treinador de heróis.
Hércules treinou arduamente e pode montar em seu Pégaso e enfrentar monstros terríveis.
No caminho, Hércules salvou de um centauro uma garota chamada Megara. Hércules não sabia, mas Hades estava usando Meg para enganá-lo.
Meg bem que tentou, mas em vez de descobrir seu ponto fraco, ela se apaixonou por Hércules, e ele por ela.
Agora depois de dezoito longos anos, o plano de Hades parecia fadado ao sucesso.
Hércules voou diretamente para o Olimpo a fim de libertar seu pai e os outros deuses.
Hércules juntou suas forças com as deles e derrotou os Titãs.
Entretanto Hércules estava determinado a salvar Meg. Ele foi então até o Mundo Inferior para trazer o espírito dela de volta ao mundo dos vivos.
Arriscando sua própria vida por Meg, Hércules tornou-se um Verdadeiro Herói e conquistou seu lugar no Olimpo mais uma vez!
Mas Hércules não escolheu ficar no Olimpo, acima das nuvens. Ele finalmente tinha encontrado o seu lugar. Era na Terra, com Meg. Daquele dia em diante, Hércules viveu bem e feliz.
Seus feitos heróicos estavam escritos nas estrelas para sempre!
***********************************************************************
O Corcunda de Notre Dame
Era uma vez, na cidade de Paris, um rapaz que vivia no campanário da Catedral de Notre-Dame.
Ele era forte o bastante para tocar os gigantescos sinos da igreja. Mas também era tão delicado, que até mesmo podia segurar um passarinho nas mãos.
Suas únicas amigas eram três gárgulas. Elas não se importavam com a aparência deformada do rapaz.
O cruel amo dele, o juiz Frollo, porém chamava-o de Quasimodo, nome que significa "mal-acabado".
Quasimodo tinha muita vontade de conhecer o mundo. Mas Frollo o proibira de sair do campanário.
A tristeza maior de Quasimodo é que Frollo dizia que as pessoas iam odiá-lo porque ele era um monstro.
Todos os anos celebravam-se o Festival dos Tolos.
No festival, encorajado pelas amigas gárgulas, Quasimodo viu uma dançarina cigana chamada Esmeralda. Ele nunca tinha visto uma criatura tão linda!
Nem o capitão Febo o mais novo soldado a serviço de Frollo, conhecera alguém de tal formosura.
Quasimodo, sem perceber foi puxado para o palco e coroado Rei dos Tolos.
A multidão o aplaudiu e foi exibí-lo pelas ruas.
De repente começaram a zombar dele, exatamente como Frollo havia previsto.
Quasimodo foi amarrado com cordas para que não fugisse.
Pediu ajuda a Frollo, mas ele não moveu um dedo.
A bondosa Esmeralda libertou Quasimodo.
Frollo ordenou que prendessem a cigana. Esmeralda conseguiu fugir com seu cabrito Djali e se escondeu na Catedral de Notre-Dame.
Quasimodo estava confuso com toda aquela situação, mas resolveu ajudá-la a fugir.
Ao saber da fuga da cigana Frollo ficara furioso, ferindo gravemente Febo por não querer perseguir os ciganos.
Quasimodo percebeu que ela amava o bravo soldado e concordou em esconder Febo no campanário.
Mas foi inevitável, Frollo encontrou a Corte dos milagres, onde os ciganos se escondiam e conseguiu apanhar todos eles.
Acorrentado no alto da catedral, Quasimodo percebe que Esmeralda está em perigo. Então se libertou, puxando as correntes com tamanha força, que a torre da catedral estremeceu, os sinos tocaram e as pedras racharam. Depois desceu pelos muros para salvar Esmeralda, trazendo-a sã e salva à catedral.
Quasimodo e suas amigas as gárgulas também ajudaram a defender a catedral do ataque de Frollo e seus homens.
Desse modo, o terrível Frollo foi enfim derrotado.
Quasimodo ouviu a multidão festejar:
- Viva Quasimodo!
E assim, ele compreendeu que não era nenhum monstro.
Para o povo de Paris, Quasimodo era um grande heroi!
***********************************************************************
Chapeuzinho Vermelho
Era uma vez uma menina conhecida como Chapeuzinho Vermelho.
Um dia sua mãe pediu que ela levasse uma cesta de doces para a sua avó que morava do outro lado do bosque.
Caminhando pelo bosque a menina encontrou o lobo.
- Aonde vai Chapeuzinho? Perguntou o lobo.
- Na casa da vovó levar uma cesta de doces. Respondeu Chapeuzinho.
- Muito bem boa menina, por que não leva flores também?
Enquanto Chapeuzinho colhia as flores o lobo correu para a casa da vovó. Bateu a porta e imitando a voz de Chapeuzinho Vermelho pediu para entrar.
Assim que entrou deu um pulo e devorou a vovó inteirinha, depois colocou a touca, os óculos e se cobriu, esperando Chapeuzinho.
Quando Chapeuzinho chegou o lobo pediu para ela chegar mais perto.
- Vovó que orelhas grandes! Disse Chapeuzinho.
- É para te ouvir melhor. Disse o lobo.
- Que olhos enormes Vovó!
- É para te ver melhor.
- Que nariz comprido!
- É para te cheirar.
- E essa boca vovozinha, que grande!
- É pra te devorar!
Então, o lobo pulou da cama e correu para pegar Chapeuzinho.
Um lenhador que passava perto da casa ouviu o barulho e foi ver o que era.
O lobo tentou fugir, mas o lenhador atirou e matou o lobo.
Chapeuzinho apareceu e disse que o lobo havia engolido a vovó.
O lenhador abriu a barriga do lobo e tirou a vovó sã e salva.
**********************************************************************
Cachinhos de Ouro
Era uma vez... Uma menina chamada cachinhos de ouro. Ela gostava de passear pela floresta nas manhãs de primavera.
Numa dessas manhãs, ela ia andando, andando, andando, quando avistou lá longe uma casinha. Curiosa, apressou o passo e logo, logo chegou bem perto.
Cachinhos de Ouro ficou encantada com a formosura da casa.
Mas nunca imaginaria que ali moravam o Senhor Urso, a Dona Ursa e o filhote do casal, o ursinho.
Cachinhos de Ouro, ao ver que a casa estava fechada, espiou pela janela e viu que não havia ninguém. Deu uma volta ao redor da casa e nada, ninguém... Então, ela teve a certeza de que os donos daquela casa tinham saído.
Mas ela não queria voltar pra casa sem ver o que havia dentro daquela casinha. E com um forte empurrão, conseguiu abrir a porta e entrou. Na sala havia uma mesa com três pratos cheios de sopa. A menina, que estava com muita fome, sentou-se e rapidinho tomou a sopa.
Em seguida, ela sentou na cadeira do Senhor Urso; depois, na cadeira de Dona Ursa e, por fim, na cadeirinha do ursinho, que era a mais bonitinha e muito gostosa de se sentar. Logo que ela sentou, ela começou a se espreguiçar. Ah! Ah! Foi quando a cadeirinha... Ploft... Quebrou, e a menina foi ao chão.
Daí, Cachinhos de Ouro foi até o quarto e lá viu três camas.
Deitou na cama do Senhor Urso, depois na cama de Dona Ursa. E a caminha do ursinho, assim como a cadeirinha, parecia a mais gostosa de todas pra se dormir. Não parou para pensar. Deitou-se nela e acabou dormindo suavemente.
A família urso, que despreocupada passeava pela floresta, resolveu voltar. Ao chegarem, logo perceberam que alguém tinha tomado a sopa toda. Aí o ursinho exclamou:
- Alguém tomou a minha sopa!
Viram depois que alguém tinha sentado em todas as cadeiras da casa. E imediatamente o ursinho berrou:
- Minha cadeirinha está quebrada!
Os três olharam muito espantados e foram juntos para o quarto pra ver se alguma coisa tinha acontecido ali também. E o ursinho gritou logo:
- Tem alguém dormindo na minha caminha!
Com os gritos do ursinho, Cachinhos de Ouro acordou muito assustada... Porque se viu frente a frente com toda a família urso. Então, ela pulou da cama e, muito envergonhada, pediu desculpas e saiu correndo pra casa.
************************************************************************
As Aventuras de Gulliver
Era uma vez um jovem chamado Gulliver que decidiu viajar pelo mundo. Então, durante uma tempestade, seu barco afundou e ele conseguiu nadar até uma praia.
Quando acordou, estava sendo espetado por pequenos dardos atirados por homenzinhos.
Gulliver, então foi levado prisioneiro até o imperador dos pequenos soldados.
- Aqui em Liliput, temos um terrível inimigo que vive na ilha vizinha, e precisamos de sua ajuda. Em troca, daremos comida e abrigo.
Gulliver decidiu ajudar. Afinal, os homenzinhos eram até muito simpáticos.
À noite, Gulliver atravessou o estreito e destruiu os barcos inimigos. Quando voltou, os Liliputianos, agradecidos, ajudaram-no a voltar para a Inglaterra.
Em Londres, Gulliver arranjou outro navio e voltou para o mar. A viagem demorou tanto que faltou água. Ao encontrar terra, mandou alguns marinheiros à procura de água doce.
Gulliver também saiu à procura de água, mas foi surpreendido por um gigante que queria apanhá-lo.
Os marinheiros fugiram apavorados e o gigante conseguiu apanhá-lo. Ao olhar bem para Gulliver, o gigante teve a idéia ganhar dinheiro mostrando-o em seu reino. Gulliver trabalharia como ator para divertir as pessoas que pagariam para vê-lo.
Na capital do reino dos gigantes, a rainha resolveu comprar Gulliver por cem moedas de ouro. Afeiçoada a Gulliver, a rainha ordenou que construíssem uma casa do tamanho dele para que ficasse bem acomodado.
Mas, uma noite, duas enormes vespas o atacaram. Depois de lutar ferozmente com sua espada, conseguiu sair vitorioso. Ao chegar, a rainha viu o final do combate sem poder fazer nada para ajudar Gulliver.
Então, a rainha deixou Gulliver voltar para a sua casa. Em Londres, Gulliver viveu feliz, escrevendo sobre suas viagens fantásticas.
***********************************************************************
A galinha ruiva
Era uma vez uma galinha ruiva, que morava com seus pintinhos numa fazenda.
Um dia ela percebeu que o milho estava maduro, pronto para colher e virar um bom alimento.
A galinha ruiva teve a idéia de fazer um delicioso bolo de milho.
Todos iam gostar!
Era muito trabalho: ela precisava de bastante milho para o bolo.
Quem podia ajudar a colher a espiga de milho no pé?
Quem podia ajudar a debulhar todo aquele milho?
Quem podia ajudar a moer o milho para fazer a farinha de milho para o bolo?
Foi pensando nisso que a galinha ruiva encontrou seus amigos:
- Quem pode me ajudar a colher o milho para fazer um delicioso bolo?
- Eu não, disse o gato. Estou com muito sono.
- Eu não, disse o cachorro. Estou muito ocupado.
- Eu não, disse o porco. Acabei de almoçar.
- Eu não disse a vaca. Está na hora de brincar lá fora.
Todo mundo disse não.
Então, a galinha ruiva foi preparar tudo sozinha: colheu as espigas, debulhou o milho, moeu a farinha, preparou o bolo e colocou no forno.
Quando o bolo ficou pronto...
Aquele cheirinho bom de bolo foi fazendo os amigos se chegarem. Todos ficaram com água na boca.
Então a galinha ruiva disse:
- Quem foi que me ajudou a colher o milho, preparar o milho, para fazer o bolo?
Todos ficaram bem quietinhos. (ninguém tinha ajudado)
- Então quem vai comer o delicioso bolo de milho sou eu e meus pintinhos, apenas. Vocês podem continuar a descansar olhando.
E assim foi: a galinha e seus pintinhos aproveitaram a festa, e nenhum dos preguiçosos foi convidado.
**********************************************************************
A Pequena Sereia
No seu aniversário de quinze anos, a Pequena Sereia recebeu um presente muito especial: podia subir à superfície do mar. Nadou feliz até a beira da praia.
Por lá passeava um belo príncipe e a Pequena Sereia se apaixonou por ele assim que o viu.
- Deves esquecê-lo, és uma sereia, não uma mulher. Disse seu pai quando soube.
Mas a Pequena Sereia não podia esquecer o príncipe, e foi falar com a bruxa das águas, pedir que lhe desse pernas.
- Se é isso que queres, o terás em troca de tua voz. Mas se não conseguires casar com o príncipe, morrerás.
A sereia aceitou, tomou a poção mágica que a bruxa lhe deu, e caiu desmaiada.
O jovem príncipe encontrou a sereia na praia. Ficou maravilhado com sua beleza e levou-a consigo para o palácio.
A Pequena Sereia e o príncipe tornaram-se amigos. Porém, como ela não tinha voz, não podia contar-lhe a sua história.
O príncipe estava comprometido com uma princesa e eles iriam casar. Quando a sereia soube, sentiu uma profunda dor.
Certa noite, a Pequena Sereia chorava sua triste sorte à beira do mar, quando apareceram as suas amigas para consolá-la.
Ofereceram-lhe um punhal para que matasse o príncipe. Assim, poderia voltar a ser uma sereia. A Pequena Sereia aproximou-se da cama do príncipe com o punhal, mas não teve coragem de matá-lo e jogou a arma no mar.
Chegou o dia do casamento, que foi celebrado num navio. Os convidados dançaram felizes e alheios ao terrível destino de Pequena Sereia.
A pobre sereia, muda e sozinha, jogou-se na água, conformada em transformar-se em espuma do mar.
Ainda que tudo parecesse perdido, a sereia não morreu. Ela tornou-se uma deusa dos mares.
Por ser valente e generosa, a Pequena Sereia foi recompensada. Desde então, passeia pelos mares do mundo protegendo os casais apaixonados.
***********************************************************************
A Princesa e a Ervilha
Era uma vez um príncipe que queria se casar com uma princesa, mas uma princesa de verdade, de sangue real mesmo. Viajou pelo mundo inteiro, à procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as que encontrava tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas, não: havia de sobra, mas a dificuldade era saber se realmente eram de sangue real. E o príncipe retornou ao seu castelo, muito triste e desiludido, pois queria muito casar com uma princesa de verdade.
Uma noite desabou uma tempestade medonha. Chovia desabaladamente, com trovoadas, raios, relâmpagos. Um espetáculo tremendo!
De repente bateram à porta do castelo, e o rei em pessoa foi atender, pois os criados estavam ocupados enxugando as salas cujas janelas foram abertas pela tempestade.
Era uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada de tal maneira, os cabelos escorrendo, as roupas grudadas ao corpo, os sapatos quase desmanchando... que era difícil acreditar que fosse realmente uma princesa real.
A moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade.
Ordenou que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões no quarto de hóspedes e colocou sob eles uma ervilha. Aquela seria a cama da “princesa”.
A moça estranhou a altura da cama, mas conseguiu, com a ajuda e uma escada, se deitar.
No dia seguinte, a rainha perguntou como ela havia dormido.
— Oh! Não consegui dormir — respondeu a moça,
— havia algo duro na minha cama, e me deixou até manchas roxas no corpo!
O rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa. A moça era realmente uma princesa!
Só mesmo uma princesa verdadeira teria pele tão sensível para sentir um grão de ervilha sob vinte colchões!!!
O príncipe casou com a princesa, feliz da vida, e a ervilha foi enviada para um museu, e ainda deve estar por lá...
Acredite se quiser, mas esta história realmente aconteceu!
***********************************************************************
A Cigarra e a Formiga
Era uma vez uma cigarra que vivia saltitando e cantando pelo bosque, sem se preocupar com o futuro. Esbarrando numa formiguinha, que carregava uma folha pesada, perguntou:
- Ei, formiguinha, pra que todo esse trabalho? O verão é pra gente aproveitar! O verão é pra gente se divertir!
- Não, não, não! Nós, formigas, não temos tempo pra diversão. É preciso guardar comida para o inverno.
Durante o verão, a cigarra continuou se divertindo e passeando por todo o bosque. Quando tinha fome, era só pegar uma folha e comer.
Um belo dia, passou de novo perto da formiguinha carregando outra pesada folha. A cigarra então aconselhou:
- Deixa esse trabalho pras outras! Vamos nos divertir. Vamos, formiguinha, vamos cantar!
Vamos dançar!
A formiguinha gostou da sugestão. Ela resolveu ver a vida que a cigarra levava e ficou encantada. Resolveu viver também como sua amiga.
Mas, no dia seguinte, apareceu a rainha do formigueiro e, ao vê-la divertindo, olhou feio pra ela e ordenou que voltasse ao trabalho. Tinha terminado a vidinha boa.
Dai, a rainha das formigas falou pra cigarra:
- Se não mudar de vida, no inverno você há de se arrepender, cigarra! Vai passar fome e frio.
A cigarra nem ligou, fez uma reverência pra rainha e comentou:
- Hum!! O inverno ainda está longe, querida!
Pra cigarra, o que importava era aproveitar a vida, e aproveitar o hoje, sem pensar no amanhã. Pra que construir um abrigo? Pra que armazenar alimento?
Começou o inverno, e a cigarra começou a tiritar de frio. Sentia seu corpo gelado e não tinha o que comer. Desesperada, foi bater na casa da formiga. Abrindo a porta, a formiga viu na sua frente a cigarra quase morta de frio. Puxou-a pra dentro, agasalhou-a e deu-lhe uma sopa bem quente e deliciosa.
Naquela hora, apareceu a rainha das formigas que disse à cigarra.
- No mundo das formigas, todos trabalham e se você quiser ficar conosco, cumpra o seu dever: toque e cante pra nós.
- A-ha! Pra cigarra e pras formigas, aquele foi o inverno mais feliz das suas vidas.
***********************************************************************
Cinderela
Um senhor viúvo tinha uma filha a quem amava muito. Ele decidiu casar-se novamente com uma viúva que tinha duas filhas.
O pobre homem morreu, deixando sua filha desolada. No entanto, a madrasta e suas filhas ficaram felizes com a herança.
As três mulheres invejavam a beleza e a bondade da moça. Então a converteram em sua criada, e a chamavam Cinderela.
Cinderela lavava, limpava, passava e cozinhava. Porém, mais que tudo chorava, porque ninguém mais gostava dela. Um dia, o arauto do rei convidou todas as jovens do reino para um baile no palácio, pois o príncipe herdeiro queria escolher uma esposa.
As filhas da madrasta acreditavam que uma delas seria a escolhida, e passaram a tarde provando vestidos.
A pobre Cinderela também queria ir ao baile, mas as suas irmãs a proibiram. Foram ao baile zombando de Cinderela que ficou em prantos.
Então apareceu a sua fada madrinha.
- Não chores - disse-lhe - irás ao baile.
E com sua varinha de condão transformou suas pobres roupas num traje maravilhoso. A fada ainda transformou uma abóbora numa carruagem e o gato no seu cocheiro.
- Vai minha menina - disse a fada. Mas não esqueças que o feitiço se romperá à meia noite. E Cinderela chorou, mas desta vez foi de alegria.
Cinderela entrou no palácio e todos ficaram encantados com sua beleza. O príncipe quis dançar somente com ela.
Ao dar meia noite, antes que terminasse o encanto, Cinderela foi embora, desceu as escadas correndo... e perdeu seu sapatinho de cristal.
O príncipe, que tinha se apaixonado por Cinderela, para achá-la, mandou que provassem o sapatinho em todas as jovens do reino.
Como o sapato era pequeno, por mais que as irmãs tentassem, não servia. Quando viram Cinderela calçá-lo ficaram surpresas.
No dia seguinte, Cinderela casou-se com o príncipe e houve festa em todo o reino.
Agora Cinderela era amada e os dois foram muito felizes.
**********************************************************************
Aristogatas
Madame Adelaide tem quatro gatos que ela ama com ternura: a bela Duquesa e seus gatinhos Maria, Berlioz e Toulouse.
Gatinhos são charmosos, mas. . . muito brincalhões.
Os gatinhos são lindos, mas. . . muito barulhentos!
É tamanha a confusão, que um dia, Edgar, o mordomo, perde a paciência.
Que horror! Ele despeja no leite umas pílulas que fazem dormir! Assim que Duquesa e seus gatinhos adormeceram, ele os carregou no seu cesto, caminhando na ponta dos pés.
Aonde iria ele assim?
Longe, muito longe de Paris! Tão longe que jamais Duquesa e seus filhotes poderiam voltar.
Será que estavam perdidos?
Não.
Na manhã seguinte aparece Matinhos, um orgulhoso gato ruivo, que tem uma boa idéia.
"Sigam-me, disse ele. Eu levarei vocês de volta a Paris"
Que bela idéia!
E que gostoso café da manhã no caminhão que está na estrada!
Quando a noite cai, eles avistam Paris com seus telhados acinzentados.
Mas ali estão também uma bela gata branca e um soberbo gato ruivo que... decidem não mais se separar e se casar!
É uma bela notícia que três gatinhos charmosos, mas muito brincalhões, correm para anunciar a sua dona logo ao amanhecer.
***********************************************************************
A Dama e o Vagabundo
Que natal feliz! Uma jovem recém-casada recebeu de presente uma pequena cadelinha que chamou de Lady.
E desde então é um festival de carinhos que não tem fim!
Lady é tão linda que os cães do quarteirão não tem olhos para nada, a não ser para ela.
Especialmente Vagabundo!
Porém, Lady recusa-se a falar com ele. Ela acha tão despenteado, tão mal-educado!
Um belo dia, Lady deu adeus à sua boa vida.
Sua dona teve um bebê.
Todos os sorrisos, todos os carinhos são para o recém-nascido.
Mas o pior de tudo é quando tia Sarah chega em casa com seus dois horríveis gatos.
Si e Ão.
Os dois siameses malvados começam imediatamente a atacá-la e a mexer em tudo que havia dentro de casa.
Lady defende, porém quebra tudo na sala.
Como punição lhe colocam uma focinheira.
Lady se debate, salta, dá pulos, se enfurece!
Para onde será que ela vai?
Ela foge desesperada para a rua, e os cães vadios a atacam sem piedade.
Mas eis que chega o Vagabundo! Ele rosna, morde, afasta os cachorrões, Salvando Lady.
Lady se encanta com a bravura de Vagabundo e começa se apaixonar!
Vagabundo conduz Lady à uma cantina do seu amigo Tony. E aquele dia em especial Tony prepara uma deliciosa macarronada para os dois.
E ali começou um grande romance. Mais tarde eles se casaram, tiveram muitos filhotes e Lady pode voltar com sua família para casa, onde todos puderam ser felizes.
***********************************************************************

Nenhum comentário:

Postar um comentário